Confira a íntegra da Entrevista Exclusiva do Jornal O Profissional com o Prefeito de Mesquita/RJ, Jo
Jornal O Profissional - Grande Rio/RJ e Saquarema, Araruama - Região dos Lagos/RJ
Belford Roxo/RJ, 23/05/2018
Jornal O Profissional:
Estamos aqui com o Prefeito de Mesquita Jorge Miranda. Eu gostaria de saber algumas coisas a respeito das questões de Ouvidoria. Da presença da Ouvidoria Federal, da Ouvidoria Estadual e Ouvidoria Municipal e a questão da relação com os sistemas de informação. Pelo que eu percebi do Prefeito de Mesquita, parece que é uma prefeitura que está não só inovando, mas está muito aberta às inovações tecnológicas como ponto de partida da própria gestão pública, a prefeitura como modelo disso, e ir trabalhando também em cima desse ponto. A gente vê que isso é um grande desafio. Todas as prefeituras em geral, principalmente da Baixada Fluminense, com tanta dificuldade de transparência, controle social e uma série de coisas e isso está relacionado exatamente com os trabalhos das ouvidorias. Também no sentido de recolher informações do cidadão e atuar também como uma moderação especial dentro das perspectivas de cidadania e controle público. Eu gostaria de saber do prefeito Jorge Miranda um pouquinho do projeto que ele falou, da plataforma, a COLAB, que me parece interessante, modelar. O tempo que ele tem de gestão, que falasse um pouco da trajetória pessoal. Você falou que veio da gestão privada. Isso ajuda, atrapalha na gestão do prefeito?! A gestão do prefeito e a coisa da participação na Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Interessante. Os prefeitos que não fizerem esse tipo de trabalho vão sobreviver, ou não? Quer dizer, é um desafio implantar essa cultura. Você me parece que levanta essa bandeira. Muito obrigada!
Jorge Miranda:
Muito bom dia ao Jornal O Profissional. Eu venho da iniciativa privada, sou da área de tecnologia e estou há um ano e cinco meses no poder público. E é muito bom que aconteça esse evento das ouvidorias, essa relação de juntar todos os poderes e também acontecer . Porque o Brasil acontece nas cidades. Cada vez mais as cidades estão tendo que executar serviços, a população demanda esses serviços, e cada vez mais com menos dinheiro. Então quando a gente adere a uma plataforma onde todo mundo se comunica e o problema é todo do Brasil fica muito mais fácil de a gente usar as informações e atender a população de forma séria.
Jornal O Profissional:
Você faz o controle também financeiro, por conta da maior parte disso ser gratuito Você tem um mecanismo aí incrível de transformação.
Jorge Miranda:
Logístico, financeiro e o essencial, que é levar política pública a população com celeridade.
É muito interessante Acho que o futuro está por aí. O controle social é cada vez mais claro pra todo mundo como se faz, como se adere , como está disponível, muito mais também sempre compartilhando as boas ações, sendo claro. Para que a população possa sempre saber para onde vai o dinheiro, o que ela demanda daquilo. Por que é que ela tem aquilo com grande dificuldade. E para estar a ajudar quem sabe pedir. O executivo está só para executar as demandas.
Jornal O Profissional:
Fale da sua formação de iniciativa privada, um pouquinho da Frente Nacional de Prefeitos. E de vocês puxando isso em relação aos outros municípios. Aproveitamos para parabenizar pelo trabalho.
Jorge Miranda:
A gente sofre um pouco mais quando vem da iniciativa privada porque toma as medidas mais na hora, muito mais rápidas. Mas é muito legal também o desafio de estar no poder público e fazer isso em escala muito grande, desburocratizando todas as informações, todos os acessos. A parte burocrática do poder público também é interessante que seja muito mais célere.
Jornal O Profissional:
Qual o setor que você trabalhava?
Jorge Miranda:
Tecnologia. Área de Telecom, funcionário privado. Então, o objetivo é cada vez mais diminuir essa distância entre a sociedade e o poder público. Agora em relação a Frente Nacional dos Prefeitos, eu faço parte do G100, sou presidente do G100 no Rio de Janeiro, que é um órgão colado à Frente Nacional dos Prefeitos. Temo Jonas Donizetti como nosso presidente, o prefeito de Campinas. G100 são os 100 piores municípios do Brasil. Censos, diferenças sócio-econômicas, por aí. Então, do Rio de Janeiro nós somos 7. 6 da Baixada Fluminense e 1 que é São Gonçalo. Olha o desafio que nós temos de mudar essa história , de virar, sair do G100, município completamente destruído que não gerava nenhum tipo de serviço para a população.
Jornal O Profissional:
O G100 se articula,de alguma forma com o Plano Metropolitano? Tem alguma relação? Porque agora está sendo lançado o Plano Metropolitano.
Jorge Miranda:
Sim, passa tudo, articula, tudo vai passar pelo G100. O Vicente Loureiro (Coordenador Estadual do Plano Metropolitano/RJ) é um quadro sensacional. Inclusive a esposa dele trabalha com a gente no urbanismo. A Fabiana é uma servidora pública nossa, isso abre um leque para você estar sempre disposto a novidades. E brigar, obviamente, pelos municípios no governo federal. Você chega com muito mais pompa, chega com muito mais frente . Não tem jeito, o Brasil acontece nas cidades onde os serviços públicos funcionam. Nós temos que estar juntos. O mesmo problema de Belford Roxo é o de Mesquita, Nilópolis,Nova Iguaçu.
Jornal O Profissional:
O Programa Minha Casa Minha Vida parou nessa Gestão Federal
Jorge Miranda:
Mas está devagarinho, está retomando devagar
Jornal O Profissional:
Desafio nas eleições desse ano né
Jorge Miranda:
A segurança pública vai ser um grande tópico. Segurança também. O empresário não quer investir no município se não tiver segurança. Ele também não quer investir no município se o gestor não for claro, não for aberto. Se não for um cara visto na sociedade, basicamente todo o setor privado pensa assim.
Jornal O Profissional:
E esse programa, o COLAB, essa plataforma. Fala rapidinho.
Jorge Miranda:
Nós lançamos um aplicativo
Jornal O Profissional:
No Rio de Janeiro só vocês?
Jorge Miranda:
No Rio de Janeiro só tem Niterói e a gente. Vamos lançar daqui a dois meses.Criamos a nossa plataforma com o nosso pessoal de tecnologia. A gente achou que se lançasse antes a gente estaria muito à frente do restante. Não tem isso. O problema é de todos.O COLAB está em 150 prefeituras. Problema de todos. Mas aqui no Rio de Janeiro só temos nós por enquanto: Niterói e Mesquita. Você tem todas as informações e começa a tomar decisões coletivas, atendendo a população nos seus interesses.
Jornal O Profissional:
Muito obrigada, sucesso no trabalho e parabéns!
Fotos: Cíntia Viana