Centro Universitário vive momentos de tensão com tiroteios intensos nas imediações no início do seme
Foto: Pátio da Uniabeu no dia 20/02. Enviada pelo leitor e amigo Edmilson Messias, de Belford Roxo/RJ
No início do semestre letivo, logo após o Carnaval, dia 20 de fevereiro, por volta das 21:00hs, em Belford Roxo , ocorreu um arrastão e intenso tiroteio nas imediações da Uniabeu Centro Universitário. Coincidência ou não, o evento ocorreu exatamente no dia do Decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro que tem afetado todo o Estado. Decreto aprovado pela Câmara e Senado, controverso, e que tem uma série de implicações para as comunidades, para as universidades, para as prefeituras, para o comércio, para a vida da população em geral. Estamos todos implicados, não só no Grande Rio, mas também o estado como um todo. À medida que as trocas de serviços e as relações no Estado são bastante complexas. E sabe-se há tempos dessas configurações.
Entrevistamos a Assessoria de Comunicação da Uniabeu Centro Universitário,no dia seguinte aos acontecimentos. A instituição informa que orientou os alunos que permanecessem dentro do campus até que a situação se normalizasse, informando ainda que entrou em contato com as autoridades competentes no intuito de solicitar providências referente a segurança na cidade de Belford Roxo/RJ.
Em relação à produção de algum evento na universidade com essa temática, a instituição ainda não cogita. “A priori ainda não. Deve ser debatido em sala de aula. Justamente para fomentar e levantar a opinião entre os próprios alunos. Realmente como cariocas, fluminenses, pessoas de bem que também tem muito medo de viver no Rio, que sofrem com a violência possam chegar a um senso crítico sobre o que está acontecendo no Rio de Janeiro. E a Uniabeu realmente vai se manter nessa observância e nesse debate com os alunos para coletar deles as opiniões e fazer com que eles realmente tenham um senso do que está acontecendo”, informa a assessoria, lembrando ainda que a instituição tem forte e dinâmica atuação de trabalhos, eventos e parcerias na comunidade ao redor e no município há décadas.
A intervenção federal no aparato de segurança pública do Rio de Janeiro é um dos principais acontecimentos de 2018. Certamente, porém, o que torna a medida histórica é que a intervenção no Rio representa também o ápice dos mecanismos de cooperação federativa no Brasil. Problemas estruturais se resolvem com medidas estruturais. O resto é paliativo. Não há nenhuma coordenação entre os diversos municípios e o governo federal. No último dia 11 de Abril, por exemplo, sem verbas e orçamento aprovado, a intervenção suspendeu 63 ações no Rio. Controversa, a intervenção federal no Rio de Janeiro tem vivido entre a ilusão e a realidade.