Caso confirmada condenação em segunda instância antes da eleição, Lula será enquadrado na Lei da Fic
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes declarou, em visita a Washington na última quarta-feira, 13/12, o fato de o julgamento do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já ter sido agendado pelo Tribunal Regional Federal em Porto Alegre (TRF-4) trazer "segurança jurídica ao país" , referindo-se a "celeridade" da justiça na questão.
Entre as consequências de uma eventual candidatura sub judice, Gilmar destacou a possibilidade de recontagem de votos e a alteração do quociente eleitoral. "Isso causa traumas seríssimos; não é bom para a própria democracia, para a estabilidade do sistema, nem sequer para o candidato eleito", afirmou. O ministro, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que a Justiça Eleitoral terá "grande responsabilidade" com relação ao julgamento de Lula e que ele não ficará sujeito apenas a decisões liminares. "É preciso definir essa questão", afirmou.
A eventual confirmação da condenação do Lula pode acelerar o processo de projetá-lo definitivamente no centro das atenções e da vida política brasileira. Todos se manifestam e se manifestarão sobre o Lula. Deve haver um janeiro de intensos atos e mobilizações, que desembocarão no dia 24 em Porto Alegre, que voltará a ser o centro das grandes mobilizações nacionais e internacionais, desta vez a favor do Lula.
Em outubro, o Ibope divulgou uma pesquisa em que Lula aparecia consolidado com 35% de intenção de votos para o cargo de Presidente nas eleições de 2018. O segundo lugar aparecia com apenas 13%.
Essa foi a primeira pesquisa realizada por esse instituto que captava o sentimento dos brasileiros e brasileiras após a primeira caravana de Lula pelo Brasil, que aconteceu no Nordeste e se encerrou em setembro. De lá para cá, Lula se mantém cada vez mais isolado na liderança em todas as pesquisas que são realizadas no país, inclusive, com possibilidades de vencer a eleição de 2018 no primeiro turno.
Em declaração à página Botando Pilha, dentro do ônibus da Caravana que passou pelo Espírito Santo e pelo Rio de Janeiro, o ex-presidente Lula defendeu um projeto de regulação da mídia.
"Não podemos continuar com os meios de comunicação menos preocupados com a informação e mais preocupado com a deformação, tendo lado, sendo ideológico, e criando parte da insegurança que tem o povo brasileiro hoje", disse Lula.
A conferir os grandes embates eleitorais pré-Eleições de 2018 que batem às portas do país após ano turbulento e de crise que se seguiu ao Impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
Imagem: Lula em Caravana pelo Brasil/2017 - Divulgação - Caravana em Minas Gerais/MG